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Sindseg | Mortes no trânsito na faixa de 0 a 4 anos cresceram 22% no Brasil, em 10 anos

Sindicato das Seguradoras
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A cada 4 minutos uma criança perde a vida no trânsito no mundo. Este é o dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde no documento “Dez estratégicas para a segurança de crianças no trânsito”.
Segundo o mesmo relatório, o problema é mais grave nos países de baixa renda, nos quais as taxas de mortalidade para crianças são em média três vezes maiores que naqueles locais de alta renda.

No Brasil, país de média renda segundo os critérios da Organização, no ano de 2013 foram 1.694 mortes de pessoas entre 0 e 14 anos – o que representa 4% de todas as mortes no trânsito no país (dados do Ministério da Saúde). Esta mesma faixa etária representa 24% da população brasileira.

Apesar da participação proporcionalmente menor de pessoas entre 0 e 14 anos nas mortes no trânsito se comparado a sua parcela correspondente na população brasileira, é importante considerar que estes usuários são caracterizados por não possuírem meios de transporte motorizado próprios, ou seja, para que se desloquem em um veículo motorizado devem ser necessariamente transportados por um adulto habilitado, explica o professor Tiago Bastos, doutor em Engenharia de Transportes e professor da Universidade Federal do Paraná e membro do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária. “Dessa forma, pode-se deduzir que boa parte dos deslocamentos dessa faixa etária é por meios não motorizados, principalmente no modo a pé”.

A consequência disso, aliada a uma infraestrutura de deslocamentos para pedestres e outros usuários não motorizados deficiente, é que 41% das vítimas fatais no trânsito de 0 a 14 anos foram pedestres (dado relativo ao ano de 2013). Outros 36% das vítimas fatais seriam ocupantes de automóveis – ressalta-se, portanto, a importância da utilização dos dispositivos de retenção previstos na Resolução 277 do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito – (para menores de 10 anos). Os jovens nesta faixa etária vitimados como ocupantes de motocicletas representam 12% do total, seguidos pelos ciclistas, que correspondem a 9% na distribuição das mortes por modo de transporte. Em alguns estados brasileiros, vale destacar que as vítimas fatais de 0 a 14 anos ocupantes de motocicleta representam percentuais bem maiores, chegando a 21% do total nos estados do Nordeste e a 18% nos estados do Norte, que são também as regiões onde a utilização da motocicleta é mais difundida.

Uma análise da evolução das mortes no trânsito na faixa etária entre 0 e 14 anos nos últimos 10 anos no Brasil, de 2004 a 2013, mostra que houve uma redução de cerca de 22% neste período, comenta. Bastos explica, entretanto, que apesar disso, alguns estados apresentaram aumentos expressivos no mesmo período, como é o caso do Acre (aumento de 22%); Rondônia (aumento de 19%); Piauí (aumento de 15%); Maranhão (aumento de 8%); e Bahia (aumento de 5%).

Já os estados que apresentaram as maiores reduções no número de mortes no trânsito, acima da média nacional, na faixa etária em questão foram o Amapá (redução de 44%); Distrito Federal (redução de 39%); e Rio Grande do Sul (redução de 37%)

De acordo com o professor, um olhar um pouco mais específico foi lançado sobre a faixa etária de 0 a 4 anos, devido a serem esses os “usuários-alvo” de medidas como os dispositivos de retenção (bebê conforto e cadeirinha). Considerando as mortes nesta faixa etária e sendo as vítimas ocupantes de automóvel, houve um aumento de 22% das vítimas fatais no país nos últimos 10 anos. “Isso reforça ainda mais a importância do cumprimento da legislação pertinente ao tema, defende ; segundo o documento da OMS, os sistemas de retenção reduzem a probabilidade de lesões fatais em cerca de 70% entre bebês e de 54% a 80% entre as crianças menores”.

No entanto, vale lembrar que tal crescimento nas mortes de ocupantes de automóveis na faixa etária entre 0 e 4 anos, pode ter sido em parte influenciado pelo próprio aumento da frota de automóveis, que cresceu mais de 60% no mesmo período, pondera Bastos.

Bastos defende que para buscar um melhor entendimento da questão devem ser enumeradas algumas características particulares aos deslocamentos de crianças, que proporcionam uma visão geral da questão:
• Crianças são caracterizadas pela imprevisibilidade nos deslocamentos, ou seja, podem mudar de direção repentinamente, ficando na rota de colisão de automóveis e outros veículos;
• Crianças possuem estrutura corporal mais frágil, de modo que podem ser mais suscetíveis a traumatismos em caso de impacto;
• Crianças tendem a ter um nível

A cada 4 minutos uma criança perde a vida no trânsito no mundo. Este é o dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde no documento “Dez estratégicas para a segurança de crianças no trânsito”.
Segundo o mesmo relatório, o problema é mais grave nos países de baixa renda, nos quais as taxas de mortalidade para crianças são em média três vezes maiores que naqueles locais de alta renda.

No Brasil, país de média renda segundo os critérios da Organização, no ano de 2013 foram 1.694 mortes de pessoas entre 0 e 14 anos – o que representa 4% de todas as mortes no trânsito no país (dados do Ministério da Saúde). Esta mesma faixa etária representa 24% da população brasileira.

Apesar da participação proporcionalmente menor de pessoas entre 0 e 14 anos nas mortes no trânsito se comparado a sua parcela correspondente na população brasileira, é importante considerar que estes usuários são caracterizados por não possuírem meios de transporte motorizado próprios, ou seja, para que se desloquem em um veículo motorizado devem ser necessariamente transportados por um adulto habilitado, explica o professor Tiago Bastos, doutor em Engenharia de Transportes e professor da Universidade Federal do Paraná e membro do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária. “Dessa forma, pode-se deduzir que boa parte dos deslocamentos dessa faixa etária é por meios não motorizados, principalmente no modo a pé”.

A consequência disso, aliada a uma infraestrutura de deslocamentos para pedestres e outros usuários não motorizados deficiente, é que 41% das vítimas fatais no trânsito de 0 a 14 anos foram pedestres (dado relativo ao ano de 2013). Outros 36% das vítimas fatais seriam ocupantes de automóveis – ressalta-se, portanto, a importância da utilização dos dispositivos de retenção previstos na Resolução 277 do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito – (para menores de 10 anos). Os jovens nesta faixa etária vitimados como ocupantes de motocicletas representam 12% do total, seguidos pelos ciclistas, que correspondem a 9% na distribuição das mortes por modo de transporte. Em alguns estados brasileiros, vale destacar que as vítimas fatais de 0 a 14 anos ocupantes de motocicleta representam percentuais bem maiores, chegando a 21% do total nos estados do Nordeste e a 18% nos estados do Norte, que são também as regiões onde a utilização da motocicleta é mais difundida.

Uma análise da evolução das mortes no trânsito na faixa etária entre 0 e 14 anos nos últimos 10 anos no Brasil, de 2004 a 2013, mostra que houve uma redução de cerca de 22% neste período, comenta. Bastos explica, entretanto, que apesar disso, alguns estados apresentaram aumentos expressivos no mesmo período, como é o caso do Acre (aumento de 22%); Rondônia (aumento de 19%); Piauí (aumento de 15%); Maranhão (aumento de 8%); e Bahia (aumento de 5%).

Já os estados que apresentaram as maiores reduções no número de mortes no trânsito, acima da média nacional, na faixa etária em questão foram o Amapá (redução de 44%); Distrito Federal (redução de 39%); e Rio Grande do Sul (redução de 37%)

De acordo com o professor, um olhar um pouco mais específico foi lançado sobre a faixa etária de 0 a 4 anos, devido a serem esses os “usuários-alvo” de medidas como os dispositivos de retenção (bebê conforto e cadeirinha). Considerando as mortes nesta faixa etária e sendo as vítimas ocupantes de automóvel, houve um aumento de 22% das vítimas fatais no país nos últimos 10 anos. “Isso reforça ainda mais a importância do cumprimento da legislação pertinente ao tema, defende ; segundo o documento da OMS, os sistemas de retenção reduzem a probabilidade de lesões fatais em cerca de 70% entre bebês e de 54% a 80% entre as crianças menores”.

No entanto, vale lembrar que tal crescimento nas mortes de ocupantes de automóveis na faixa etária entre 0 e 4 anos, pode ter sido em parte influenciado pelo próprio aumento da frota de automóveis, que cresceu mais de 60% no mesmo período, pondera Bastos.

Bastos defende que para buscar um melhor entendimento da questão devem ser enumeradas algumas características particulares aos deslocamentos de crianças, que proporcionam uma visão geral da questão:
• Crianças são caracterizadas pela imprevisibilidade nos deslocamentos, ou seja, podem mudar de direção repentinamente, ficando na rota de colisão de automóveis e outros veículos;
• Crianças possuem estrutura corporal mais frágil, de modo que podem ser mais suscetíveis a traumatismos em caso de impacto;
• Crianças tendem a ter um nível de atenção menor;
• Crianças podem não entender devidamente a sinalização de trânsito e possuem baixa capacidade de avaliar situações de risco;
• Crianças são menores que adultos, portanto mais difíceis de serem vistas;
• Em muitos locais, as ruas são os únicos espaços públicos que as crianças têm para brincar.

Bastos ressalta ainda que, com o intuito de minimizar os impactos do trânsito na mobilidade de crianças, a OMS recomenda 10 estratégias, cujos efeitos muitas vezes não se restringem apenas à segurança das crianças, mas sim de todo o sistema de trânsito:
1. Controle de velocidade, pois isso reduz as chances de ferimentos graves/fatais;
2. Redução da condução sob efeito de álcool;
3. Fiscalização no uso de capacete, tanto em motocicletas como em bicicletas;
4. Utilização dos dispositivos de retenção;
5. Medidas de aumento da possibilidade de ver e ser visto das crianças;
6. Melhorias na infraestrutura viária;
7. Melhorias no projeto dos veículos (com áreas de absorção de impacto projetadas não só visando a redução das lesões nos seus ocupantes, mas também nas pessoas que podem ser atropeladas);
8. Redução dos riscos para jovens condutores (habilitação gradual, por exemplo);
9. Promoção de cuidados apropriados para crianças lesionadas, pois as mesmas tem grandes capacidades de regeneração;
10. Supervisão de crianças próximas às ruas.

(*) O relatório da OMS está disponível para leitura em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/162176/11/WHO_NMH_NVI_15.3_por.pdf?ua=1
[1]Base de cálculo: comparação das médias do período 2004-2006 e 2011-2013
2 Salienta-se a pequena quantidade de dados.

de atenção menor;
• Crianças podem não entender devidamente a sinalização de trânsito e possuem baixa capacidade de avaliar situações de risco;
• Crianças são menores que adultos, portanto mais difíceis de serem vistas;
• Em muitos locais, as ruas são os únicos espaços públicos que as crianças têm para brincar.

Bastos ressalta ainda que, com o intuito de minimizar os impactos do trânsito na mobilidade de crianças, a OMS recomenda 10 estratégias, cujos efeitos muitas vezes não se restringem apenas à segurança das crianças, mas sim de todo o sistema de trânsito:
1. Controle de velocidade, pois isso reduz as chances de ferimentos graves/fatais;
2. Redução da condução sob efeito de álcool;
3. Fiscalização no uso de capacete, tanto em motocicletas como em bicicletas;
4. Utilização dos dispositivos de retenção;
5. Medidas de aumento da possibilidade de ver e ser visto das crianças;
6. Melhorias na infraestrutura viária;
7. Melhorias no projeto dos veículos (com áreas de absorção de impacto projetadas não só visando a redução das lesões nos seus ocupantes, mas também nas pessoas que podem ser atropeladas);
8. Redução dos riscos para jovens condutores (habilitação gradual, por exemplo);
9. Promoção de cuidados apropriados para crianças lesionadas, pois as mesmas tem grandes capacidades de regeneração;
10. Supervisão de crianças próximas às ruas.

(*) O relatório da OMS está disponível para leitura em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/162176/11/WHO_NMH_NVI_15.3_por.pdf?ua=1
[1]Base de cálculo: comparação das médias do período 2004-2006 e 2011-2013
2 Salienta-se a pequena quantidade de dados.

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