Evento faz parte do Mercado de Seguros em Debate, realizado em formato híbrido, em Cuiabá
É inegável que a força do agronegócio fortalece a economia do nosso país. Prova disso é que, em 2022, ele representou 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O que nem todos sabem é que, nesse cenário, Mato Grosso é protagonista, liderando o setor. Sendo assim, é oportuno entender mais sobre esse segmento para fortalecer a comercialização dos seguros rurais e agrícolas no país.
Na última quinta (25/5), foi realizada a palestra “A força do agronegócio na economia e os seus impactos no mercado segurador”, em Cuiabá. O evento, que faz parte do Mercado de Seguros em Debate, também foi transmitido virtualmente. “É sempre muito enriquecedor abordar temas que estão diretamente relacionados ao mercado de seguros, sempre muito dinâmico e em transformação”, disse o presidente do Sindicato, Marco Antônio Neves.
O evento também foi prestigiado pelo presidente do Sincor/MT, José Cristóvão Martins. Ele elogiou a escolha do assunto. “Recebemos informações relevantes que tanto nos ajudarão a atender as demandas dos produtores rurais”, disse. A abertura do debate foi feita pelo representante do SindSeg em Cuiabá, Marco Vita. Ele agradeceu a presença dos convidados e destacou: “há pessoas que viajaram até 500 km até aqui”.
Dados
Mato Grosso é líder na produção nacional de soja, cultura que ocupa o primeiro lugar do ranking mundial de commodities do agronegócio. Na safra 22/23, o Estado produziu 45,3 milhões de toneladas.
Assim como a soja, o milho, que está no terceiro lugar do ranking mundial de commodities, também é relevante na região. “Hoje 62% da produção são exportados. Já o Estado retém 27,30% dos grãos”, informou a economista e coordenadora do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, Vanessa Gasch.
Em relação à pecuária do Estado, ela destacou que as projeções para o incremento na fabricação de carne são positivas para os próximos dez anos. “Estimamos um incremento de 38% para suínos, 72% aves e 40% bovinos”.
Aliado ao produtor rural
Diante das favoráveis perspectivas para o agronegócio brasileiro, como os seguros podem ajudar o produtor rural? Esse foi o tema que norteou a apresentação do especialista em Seguros Agrícolas, Kleber Almeida. “Seguro não é custo, é investimento. Isso porque é ele que garante a estabilidade da renda, a manutenção das atividades e o equilíbrio financeiro dos criadores frente aos riscos”.
Os impactos causados pelos eventos climáticos também foram relembrados pelo palestrante, que citou os prejuízos causados pelo El Niño e La Niña nos últimos anos. “Essas mudanças climáticas afetam muito o dia a dia do produtor rural, daí a importância de contar com os seguros.”
Ainda segundo ele, a comercialização dos produtos deverá aumentar em 2023 em função do acréscimo nos aportes ao Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR). “Há uma expectativa de que sejam liberados dois bilhões de reais neste ciclo, em contrapartida ao 1.109 bilhão de reais do ano passado”, finalizou.
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