“Ser quem você é ou ser aquilo que querem que você seja?” foi tema de workshop show
Quantos personagens encenamos diariamente para nos sentirmos aceitos e amados pelos outros? Essa foi uma das indagações feitas durante o workshop show, realizado na última terça (22/8), no auditório do Sindicato. Conduzido pelo ator, diretor e palhaço, Marcio Libar, o encontro desafiou os convidados a embarcar numa viagem em busca de autoconhecimento e autoaceitação.
A iniciativa foi idealizada pela Comissão Técnica de Benefícios. A presidente da Comissão, Juliana Queiroz, explicou a motivação do encontro. “Nossa saúde mental ainda está abalada pela pandemia. Sendo assim, ainda é muito importante buscar esses cuidados para nos sentirmos bem de forma sistêmica”, disse.
Mas, como a figura do palhaço pode nos ajudar nesta evolução? Marcio explicou: “ele representa um perdedor e, além disso, a aceitação é uma das ferramentas da arte do palhaço”. Partindo dessa lógica, de que o fracasso e o erro são certos, ele destacou a importância de acolher nossas imperfeições e dores.
E um dos caminhos para abraçá-las é treinar a autocompaixão e mostrar, com coragem, nossas vulnerabilidades aos outros. “É muito fácil representar o herói, o bem sucedido e o imbatível. No entanto, necessitamos vencer o medo de expressar nossas emoções”, destacou.
Por isso, com o intuito de estimular a plateia a expressar as suas emoções, ele conduziu o “jogo dos representantes”. A dinâmica funcionou assim: ele fazia afirmações sobre vários assuntos e, caso a pessoa se identificasse com elas, se levantaria. Assim como um jogo, a dinâmica foi mudando de nível: afirmações simples e corriqueiras deram lugar a colocações onde as pessoas expuseram traumas, dores e fragilidades.
“A intenção dessa dinâmica é aumentar a conexão entre as pessoas. Quando as máscaras das facetas que representamos rotineiramente caem, conseguimos enxergar o outro com empatia e respeito”, disse Marcio.
Confira alguns flashs do evento. Clique aqui.